Páginas

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Na dúvida em continuar, fechou os olhos e fingiu ser brincadeira


Sim, ainda não sei o que tanto me incomoda  por dentro. Talvez eu apenas estivesse enganada naquele dia, ou não. Esses dias ando meio bagunçada interiormente, falando besteiras, cutucando o próximo, e o pior, sentido dores. Minha professora de dança moderna sempre costuma me dizer que a dor é psicológica. Não acredito muito nisso mais, melhora muito quando penso desse jeito quando a dor já está insuportável, e o máximo que eu posso fazer é isso. Enfim, mais estranha do que nunca, tento me apoiar em algo que não tenho certeza se realmente existe. Não sei mais, ás vezes quando fico meio desmotivada, penso que tudo é um sonho, ou que está acontecendo com outra pessoa. Fingir é tão fácil... Então, me pergunto: Por que não encarar os fatos, aceitar as consequências e tentar consertar os erros? Gostaria que fosse apenas hipóteses, mais não é. O tempo passa por mim como a areia passa entre os dedos da mão da mão de uma criança. Escorrego nas mais leves brisas da vida, e temo não estar preparada. Mais, em ventanias, sinto ser forte como uma rocha, frágil como as flores, fria como o gelo, quente como o fogo. A união da dança com o karatê em minha vida, andou me deixando fraca, com dor em tudo quanto é lugar. Ás vezes não luto. Não por ter medo de perder, mais sim com medo de não ter mais condições no outro dia pra  dançar. É muito difícil ser delicada durante o dia, e forte durante a noite, isso pra mim é um desafio. É querer mais do que se tem pra receber, é estar mais atenta. Chega um certo momento que nós entendemos que,estamos atentos não porque queremos estar atentos, mais porque precisamos estar atentos. Mais depois disso tudo, depois de dar meu tudo,  me fortaleço ao saber que apesar de tudo, todos os dias quando chego na sala, e me vejo naquele espelho, vejo minha gêmea do outro lado, apenas uma cópia de mim. E eu, aqui, com meus amigos, que não medem esforços a sorrir e me abraçar só pelo fato de eu estar lá, estar dançando com eles, acompanhá-los, e incentiva-los. Ah, é bom demais.Saber que, com o tempo, conquistei amigos de verdade que eu possa confiar, e, não estou mais tão sozinha,como antes.  E toda vez que ponho minhas sapatilhas, une-se apenas o apoio dos meus amigos, com minha vontade de dançar. E esse já é o suficiente pra me manter. Fraca ou não, mantenho-me sólida e capaz de acreditar.

Créditos a aqueles que me fazem acreditar no meu 'além do horizonte': Bia, Marquinhos, Kelly, Rai, Monique, D. Lícia e eu.

With Love, Mona

terça-feira, 12 de julho de 2011

Dos detalhes aos esquecimentos


Desde que me entendo por dançarina/bailarina(até nessa eu me atrapalho), tento alcançar metas e mais metas para chegar aonde quero ou seja, a profissionalidade(mais do que isso, só não encontrei a palavra certa ainda). Não apenas suportando as dores dos diversos alongamentos, mais sim alimentando o meu conhecimento, afinal, dança  é cultura! Antes de conhecer melhor esse mundo maravilhoso no qual me enfiei não por pura coincidência, mais por querer e sonhar com meu futuro bem feliz em meio da dança, óbvio que, assistia espetáculos, lia sobre, enfim me informava. Da platéia, eu temia ser a mais ansiosa. Da platéia, eu tinha certeza que aquela sim, era uma das minhas fontes preferidas de alimentação cultural. Na quarta passada, cheguei da aula de dança e falei com minha mãe. Ela me disse que poderia me levar á aulas de teatro, já que eu queria tanto tanto tanto. Pulei, gritei, abracei ela como se quisesse derruba-la de verdade, mais, não foi minha intenção. Fiquei mais feliz que nunca. Voltar ao teatro ainda fazia parte dos meus planos, e primeiros por sinal. Ganhei a vida.
Ando estudando as expressões faciais dos artistas, até porque, me interessa e muito. Imagine você, num solo, ou em um duo, num teatro enooorme, perfeito, a coreografia linda, tudo lindo, e na hora H, você só tem aquela expressão de quem comeu e não gostou ou séria? Não, não, algo está errado. E a essência do bailarino? E a beleza, a doçura, a simplicidade dos gestos? Tenho percebido isso, depois de ver uma apresentação. Ao tentar pela primeira vez, não sabemos muito como fazer, até porque, ficamos com cara de retardados nas primeiras tentativas de um sorriso forçado, e simples ao mesmo tempo. Engraçado, mais odeio e ao mesmo tempo amo os detalhes. Complicado, ás vezes me empolgo em me ver num solo com aquele vestido preto e longo dançando, e quando começo a acreditar, me lembro, só foi um sonho. Sonho que farei o possível para se tornar realidade.

With Love, Mona