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quarta-feira, 23 de maio de 2012

On the floor

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É que já se passaram os dias e eu me sinto perdida, já se passaram 3 dias desde que minha irmã viajou e eu estou aqui, presa á esta casa, á chuva, ás greves. Como se não bastasse 1 mês e meio jogado fora, os motoristas resolveram estar de greve também. Pena que, numa péssima hora. Logo quando eu fui entrar no bendito balé folclórico, logo quando eu estava começando a me esforçar em ballet, logo quando eu estava me renovando, novamente. Ando em estado de tensão. Sempre que é  véspera de competição eu entro em estado de tensão. Lembram do ano passado?  Aprendi uma breve lição nessa semana. Se não pratico, não tem como cobrar algo bom de mim. A flor da pele, simplesmente. As chuvas chegaram, eu estou um pouco mais cuidadosa com minha mãe, já que ela não espera muita coisa boa de mim. Digamos que, ela mantêm uma distância não sei pra quê, mas sempre acaba dizendo o mesmo ''me aguarde'' de sempre. Não quero mais estar aqui. E, concordo com o tio Benito. Sim, nós somos como uma borboleta.
Com tudo quanto é greve, não tenho muitas novidades (eu sinto muito por isso), e minha mente está azuada o suficiente para esquecer, esquecer, e esquecer, muito rapidamente. A verdade é que sem meu chá de hortelã eu desabo. Mas o importante é estar bem né? Estar viva. Tenho entendido que há coisas na vida em que se é preciso descartar. Acho que é por isso que poucos me entendem. Se eu comecei, eu tenho que terminar, é algo meu. Há tantas coisas esquecidas, colocadas num canto obscuro do esquecimento, por conta da dança. Me questionam. Perguntam se é a coisa certa, se eu tenho certeza, se eu não estou trocando minha vida por momentos. Tolos, mal sabem, eu já estou completamente dominada por esse viciante gostinho da ambição. De querer e querer. É doce, e eu gosto. Isso não faz de mim uma psicopata, pelo menos é o que eu penso.
Isso me deixa com insônia. Me faz revirar a noite toda. Um sonífero por favor, ou uma boa dose de algo bem doce. Nada mais me deixa tão feliz quanto a dança. A vida é uma coisa sem cor. Já sentiu isso?
Tô tentando começar outro livro, já que minha irmã levou o que eu estava lendo. Eu nunca senti algo tão louco em toda minha vida. Mesmo assim, não estou assustada, não consigo temer. Ao mesmo tempo, uma paz reina sob meu coração, e eu volto a acreditar, como antes. Saquei que isso é tipo um ciclo rs. Eu me tenho, sou adepta a mim, escuto de tudo e mordo a língua todos os dias, tenho olheiras e choro. Choro porque não consigo entender algumas coisas que rolam no meu cotidiano, choro porque eu sei que se eu não pôr tudo para fora, sofrerei as consequencias, mas, eu não posso. Senão, acharão que é coisa de gente mimada, que só quer se aparecer. Minha mãe acha que eu sou uma metida, burra, que se acha. Não sabe o quanto me incomoda. É você tentar, tentar, e tentar, e nunca vê resultado. Desmotiva. Hoje, eu desisti. Desisti de tentar entender, desisti de esquecer de mim. E que a ironia, me tome como a vontade de dançar me tomou um dia. Que o frio da noite, me domine, e que seja amargo o gosto da verdade.

With Love, Mona