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sábado, 9 de julho de 2011

Deixe-me ir.


Mais uma tarde que se vai, eu estou no mesmo lugar. Me sinto aprisionada ás noites frias e melancólicas. Eu não estou bem. Não posso voar, não posso correr, nem andar, ao menos rastejar. Presa aos meus sentimentos, agarrada a meus pensamentos, discreta e ao mesmo tem afoita, eu não sei mais o que dizer. As palavras não querem mais sair da minha boca. As palavras foram levadas ao vento. Cansada de estar em um só ponto, me desafio a ser como o vento, porque me aprisiono tanto? O que me impede de voar, que ainda está aqui? O não saber é terrível. Mais ao mesmo tempo, me conforta. Não sei como mais conforta.  Do nascer ao pôr-do-sol,  algo me intriga. Da janela do meu quarto vejo os dias se passarem e a cada dia sinto que não sou mais a mesma. Não deixo de dançar, não deixo de fazer o que eu gosto. Ainda falta mais. Meu corpo e pensamento exige mais, eu não sei, eu sinto. Essa angústia é tão desesperadora, me dissolve por dentro.  Eu realmente gostaria de perguntar a minha mãe ou algum mais velho o que eu preciso. Eu realmente queria que todas as perguntas tivessem respostas. Eu realmente quis um dia saber tudo, em outros, não saber mais nada. Sempre pensei que eu só queria aquilo que eu precisava, mais agora, a consciência pede mais, exige mais, me deixando muito louca. A liberdade não é mais tão minha, quanto eu pensava.

With Love, Mona

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Metade?


  Nos fizeram acreditar que cada um
 
  de nós é a metade de uma laranja,
  e a vida só tem sentido quando 
  encontrarmos a outra metade.

  Não contaram que já nascemos inteiros 
  e que ninguém em nossa vida
  deve carregar nas costas
  a responsabilidade de completar
  o que nos falta.

  A gente cresce através da gente mesmo
  Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.

  Fizeram agente acreditar que os bonitos e magros
  são mais amados, os que beijam pouco são caretas,
  que os que beijam muito não são muito confiáveis
  e que sempre haverá um chileno velho para um pé torto.

  Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.
  Cada um vai ter que descobrir sozinho.
  E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo,
  vai poder ser feliz e se apaixonar por alguém.

  Fui ser feliz ali, e não volto..

terça-feira, 5 de julho de 2011

Entrando em um novo ritmo

Nessa nova trajetória em que me encontro, simultaneamente passo despercebida pelas obrigações domésticas. Tudo bem, saio ás 7:15 pra voltar as 21:00, sei que é difícil para minha mãe aceitar que não terá ninguém pra pegar no pé durante 14 horas seguidas. Ás vezes tenho medo. Medo da falta do diálogo diário. Medo de como nossa relação pode esfriar ou não. Medo. Não sei se algo pode me confortar, ainda não encontrei uma forma de completar esse vazio, vazio do qual nem eu mesma sei que é, só sinto um leve desconforto. Ontem, eu ficava irritada, e até reclamava com minha mãe, isso, porque ela reclamava que eu não ajudava ela nos afazeres domésticos e lá lá lá. Claro que quando nós vamos crescendo, as mães dão uma de 'chatonas' HAHA', e resolvem colocar nossas mãozinhas na massa! Hoje, só de vê-la reclamar comigo, só de ouvir a voz dela, diretamente para mim, olhando para mim, com amor, raiva, insegurança, ou todos os tipos de expressões juntas ao mesmo tempo,  dá uma  alegria. Que me chamem de louca, mais eu amo quando minha mãe reclama comigo, chama minha atenção. Posso ficar zangada como for na hora, mais depois, depois, fico 'voando'. Aí você me diz:
 -Como Monalisa, pra quê existe o celular? \o/
então eu simplesmente te digo :
- Meu caro, simplesmente não dá :P
Ontem, depois de 3 horas inteiras dançando minhas diversas, recebi a ligação da minha mãe, ela estava preocupada, mais, como assim? 19:00 ainda. Ela disse que estava só, para eu voltar logo.Até tudo bem. Quando termino o pequeno  diálogo vejo: Mãe - 16 chamadas perdidas.
Nossa, me emocionei. Ao pensar que levo tanto tempo na rua. Ao pensar que as pequenas coisas são o suficiente pra fazer uma grande diferença em nossa vida. Eu não quero perder pra dar valor. Eu não quero.
Em relação 'á dança' , semestre novo, novas aulas ! Nossa, tudo um pouco mais difícil, mais lógico, mais tudo! Estou curtindo muito esse 'a mais' nos passos.  Agendinha super lotada de observações, anotações, fotos, recadinhos.... Quer saber? Por mais dificuldade que eu sinta, por mais insegurança que eu sinta, não vou deixar de dançar. Me entende? Sei que por mais que eu tente algo agora e não consiga, vou prosseguir, conheço meu temperamento. Apesar de simples e sensível, sou orgulhosa e sincera. Estou ciente que essa mistura provoca desentendimentos em muitos lugares, pois confundem essa mistura simpática e bem atrapalhada com termos desnessessários como 'falsa', 'duas caras', entre outros. Bipolaridade está na moda haha'.No entanto, é claro que, tem horas que, não podemos evitar aquela preguicinha no meio de uma aula diferente por exemplo. Aquela dor enoorme que a séculos atrás você pensava que NUNCA ia voltar outra vez, pura tentação. O quarto é um dos piores lugares para se treinar. Cozinha também, sala também...No quarto tem computador, A CAMA, e variados meios de distração, isso não rola comigo, prefiro sair dali imediatamente, por mais espaçoso que seja o quarto, prefiro não correr riscos. Na cozinha, nem precisa falar não é? Mais, vou falar mesmo assim, até porque eu quero =D. Comidaaa, água, entre outros, sempre são motivos pra deixar o treinamento de lado e fazer uma boquinha, além do mais, cozinha não é um lugar tão bom assim pra fazer um alongamento culto. Na sala, no meu caso é o terror de toda casa. Minha mãe vendo a novela já atrapalha. Meu periquitinho solto também, não dá certo, TV ligada, Jesus, melhor sair daqui. Me resta o banheiro. Tomo banho na ponta. Não com a sapatilha (óbvio).Antes doía pra caramba, mais agora, já acostumei. Prefiro ficar encostada em algum lugar pra evitar alguma queda interessante que poderia chamar milhões de acessos no you tube. É, não sei se me sinto bem ou não com tudo isso que acontece. Vai saber..

E chegamos ao fim de mais um dos dias de dançarina que Monalisa (eeeeeeu o/) passa  diariamente.
Até a próxima \o/ ! 


With Love, Mona