Como eu temia, as chuvas chegaram e com elas aquela típica vontade de se encostar em algum lugar e ficar quentinho com seu bichinho de pelúcia que diz ''i love you'' quando você quer, sem reclamar, sem fazer nada. Apenas um fofo que fiz ''i love you'' toda vez que você sente um leve desconforto no cucuruto e quer que alguém te diga algo amável. Tentando me organizar desde o início do mês passado, fazia metas sem sucesso, até o dia em que eu descobri a força do sacrifício e o verdadeiro significado do ''pensar duas vezes''. Tenho falado com minha irmã, o que me deixa muito feliz. Terça-feira é o aniversário dela, e o que me conforta é que não vou ter que dar presente já que ela só vai voltar 1 ano mais tarde. É certo que nunca acertei nas tentativas de presentes para ela, pois nunca soube o gosto dessa mulher, exceto os que ela me contava. Logo na semana seguinte tem o meu aniversário, então, posso afirmar que estou vivendo os poucos dias que sobraram dos meus doze anos. No inverno tudo fica mais difícil, apesar de ser uma estação tão gostosa e doce. Ando correndo contra o tempo, os dias estão se passando muito rápido é incrível como a noite já não tem mais luar, e as tardes não mais tem pôr do sol. Na correria salpico minha meia-calça rosa bebê com as poças encontradas na cidade. Mendigo pedindo dinheiro, o relógio não perdoa, e você, sem tempo pra ler um livro sequer. Pela manhã, abro a janela para o sol entrar, mais, ás 7:30 a chuva já predomina. Gosto muito daqui no inverno pela manhã, porque é chuva+sol e fica um efeito lindo pelo menos isso para me descontrair, enquanto corro atrasada pelo longo caminho do colégio com minha sombrinha rosa e corações azuis. Na volta para casa, pego o ônibus cheio, tenho que ficar em pé, mais penso que é uma sacanagem, depois de ter forçado tanto a musculatura o dia todo, para quando eu voltar, ter que ir em pé. E sempre tem algo que tem que incomodar não é? Pois, no meu caso, tem um grupinho de amigos do colegial que escutam rap e outros estilos feios, com músicas feias (isso é muito feeio). Agora imagine uma pessoa que se esforça o dia todo fisicamente e psicologicamente para dança, no fim do dia se sente exausta, tem que ficar em pé, escutando rap no pé do ouvido. E pior no dia de terça e quinta-feira que exausta, escutando rap, tenho que ter gás para o karatê. Aonde acho forças, eu não sei, eu só sei que é divino e agradeço muito a deus. Por mesmo assim, ser boa no karatê, e buscar meu espaço na dança. Pouco a pouco chego lá, e quando eu chegar lá, só vou saber fazer uma coisa. Agradecer a deus, e abraçar a todos que me incentivaram nessa minha trajetória dançarística.
With Love, Mona
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