Nessa nova trajetória em que me encontro, simultaneamente passo despercebida pelas obrigações domésticas. Tudo bem, saio ás 7:15 pra voltar as 21:00, sei que é difícil para minha mãe aceitar que não terá ninguém pra pegar no pé durante 14 horas seguidas. Ás vezes tenho medo. Medo da falta do diálogo diário. Medo de como nossa relação pode esfriar ou não. Medo. Não sei se algo pode me confortar, ainda não encontrei uma forma de completar esse vazio, vazio do qual nem eu mesma sei que é, só sinto um leve desconforto. Ontem, eu ficava irritada, e até reclamava com minha mãe, isso, porque ela reclamava que eu não ajudava ela nos afazeres domésticos e lá lá lá. Claro que quando nós vamos crescendo, as mães dão uma de 'chatonas' HAHA', e resolvem colocar nossas mãozinhas na massa! Hoje, só de vê-la reclamar comigo, só de ouvir a voz dela, diretamente para mim, olhando para mim, com amor, raiva, insegurança, ou todos os tipos de expressões juntas ao mesmo tempo, dá uma alegria. Que me chamem de louca, mais eu amo quando minha mãe reclama comigo, chama minha atenção. Posso ficar zangada como for na hora, mais depois, depois, fico 'voando'. Aí você me diz:
-Como Monalisa, pra quê existe o celular? \o/
então eu simplesmente te digo :
- Meu caro, simplesmente não dá :P
Ontem, depois de 3 horas inteiras dançando minhas diversas, recebi a ligação da minha mãe, ela estava preocupada, mais, como assim? 19:00 ainda. Ela disse que estava só, para eu voltar logo.Até tudo bem. Quando termino o pequeno diálogo vejo: Mãe - 16 chamadas perdidas.
Nossa, me emocionei. Ao pensar que levo tanto tempo na rua. Ao pensar que as pequenas coisas são o suficiente pra fazer uma grande diferença em nossa vida. Eu não quero perder pra dar valor. Eu não quero.
Em relação 'á dança' , semestre novo, novas aulas ! Nossa, tudo um pouco mais difícil, mais lógico, mais tudo! Estou curtindo muito esse 'a mais' nos passos. Agendinha super lotada de observações, anotações, fotos, recadinhos.... Quer saber? Por mais dificuldade que eu sinta, por mais insegurança que eu sinta, não vou deixar de dançar. Me entende? Sei que por mais que eu tente algo agora e não consiga, vou prosseguir, conheço meu temperamento. Apesar de simples e sensível, sou orgulhosa e sincera. Estou ciente que essa mistura provoca desentendimentos em muitos lugares, pois confundem essa mistura simpática e bem atrapalhada com termos desnessessários como 'falsa', 'duas caras', entre outros. Bipolaridade está na moda haha'.No entanto, é claro que, tem horas que, não podemos evitar aquela preguicinha no meio de uma aula diferente por exemplo. Aquela dor enoorme que a séculos atrás você pensava que NUNCA ia voltar outra vez, pura tentação. O quarto é um dos piores lugares para se treinar. Cozinha também, sala também...No quarto tem computador, A CAMA, e variados meios de distração, isso não rola comigo, prefiro sair dali imediatamente, por mais espaçoso que seja o quarto, prefiro não correr riscos. Na cozinha, nem precisa falar não é? Mais, vou falar mesmo assim, até porque eu quero =D. Comidaaa, água, entre outros, sempre são motivos pra deixar o treinamento de lado e fazer uma boquinha, além do mais, cozinha não é um lugar tão bom assim pra fazer um alongamento culto. Na sala, no meu caso é o terror de toda casa. Minha mãe vendo a novela já atrapalha. Meu periquitinho solto também, não dá certo, TV ligada, Jesus, melhor sair daqui. Me resta o banheiro. Tomo banho na ponta. Não com a sapatilha (óbvio).Antes doía pra caramba, mais agora, já acostumei. Prefiro ficar encostada em algum lugar pra evitar alguma queda interessante que poderia chamar milhões de acessos no you tube. É, não sei se me sinto bem ou não com tudo isso que acontece. Vai saber..
E chegamos ao fim de mais um dos dias de dançarina que Monalisa (eeeeeeu o/) passa diariamente.
Até a próxima \o/ !
With Love, Mona
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