Sumi, como sempre. Ando sumida, voando, viajando. Nos sábados costumava descansar ou arrumar parte da bagunça que faço durante a semana, mais depois que me lancei no mundo da dança, tudo nunca mais foi a mesma coisa. Sou feliz por uma noite. Juro felicidade pela eternidade, mais quando acordo no outro dia, acabo sendo mais uma vez vítima da ilusão. E então sonho, fico sonhando, sonhando, não me importo se sonho acordada ou dormindo mesmo. Dá no mesmo. Meus sonhos nunca são os mesmos, mas são todos com o mesmo sentido, com a mesma meta. Já até acabo me esquecendo de como é acordar ou não, tá um embaraço na minha mente. Eu pensava que eu só precisava me entregar de corpo e alma, mais hoje, percebi que é muito mais que isso, muito mais. Fim de ano, tá uma agonia danada, mas então, você para numa noite de sábado, olha pra esse céu estrelado de meu deus, e pensa em todos os capítulos de sua vida, vê aonde você veio parar, de como você evoluiu, onde você evoluiu, as pessoas que você conheceu, as bobagens que fez ou falou. E isso conforta. Até as besteiras acabam confortando, levando e carregando a alma pra longe, e daqui, eu a vejo levitar e levitar, fora de mim. Agora eu entendo, agora eu entendo tudo o que me disseram. Meus olhos, meus sentidos, isso é mais que sentimento, é mais que tudo nessa vida. É um brotinho que cresce, mais cresce tanto que quando está grande você nem sente. Ultrapassa o amor, ultrapassa tudo que já senti nessa vida. E eu aqui, toda inexperiente contando coisas que nem mesmo eu sei explicar. A vida parece ser tão frágil algumas vezes e tão, tão carrasca outras vezes. E eu fico pensando, que triste é aquele que não sabe viver e agradecer pelas coisas mais bonitas da vida. A brisa, o mar, e aquele friozinho da noite de sábado, como esse que estou sentindo agora, tentando contar as estrelas do céu, e dizer que dos momentos é que se tiram as melhores lembranças, ou as piores quem sabe. Hoje eu ví, eu pude entender que nada mais me importa, nem mesmo o amor. Viajando, andando, andando sem encontrar o que eu quero com a vida. Mas, eu nem sei o que eu estou procurando... A peça se aproxima, as apresentações também, será que estou sendo rude comigo mesma? Mais, espera aí, eu estou sendo o que comigo mesma? Ah, são tantas emoções nessa vida. Lembro loo da minha mãe. Desde a infância, ela sempre me perguntou "o que se leva da vida?" . Eu nunca entendi essa pergunta, até realmente conhecer a verdadeira abstinência da vida. Minha mãe, uma mulher tão vivida, conhecedora do sofrimento e dos piores baques que a vida pode proporcionar, insiste em colocar um sorriso no rosto, apesar de reclamar, desabafar, soltar os cachorros mesmo, ela é minha heroína.
Apesar de tudo que andei reclamando aqui, errando acolá, joguei minha vida ao vento, me doei ás energias boas da alma e fugi daquela vida vulgar, que não mais me pertence.
With Love, Mona
Nenhum comentário:
Postar um comentário