7 de agosto, 1998, ás 10:05 da manhã, em salvador, na bahia, eu já vinha dando um ''oi'' pra galera, pesando 2kg, magrinha, toda emburrada, branca quase azul, ás 12:00, meu nome já estava decidido. Eu era a mais nova alegria da família, a estrela que brilhava aquele lar. Eis que surgiu Monalisa, que significa alegre. Eu fui crescendo, e aquela carinha emburrada se transformava aos poucos, formando uma personalidade própria. Indefinida, mais própria. Eu sabia o que eu queria, tinha foco, e gostava de conversar com adultos, já que as crianças não me entendiam. Quieta, tímida, quase não abria a boca. Mesmo assim, tinha facilidade em fazer novas amizades. Nunca gostei de bonecas, era realmente apaixonada por carros e a cor amarela. Para mim, o mundo se resumia em minha casa, minha escola, e minha família. Meus sonhos evoluíram rapidamente, e o que era apenas algo centrado, virou algo muito diferente. A cada ano que passava, aprendia coisas novas. Sempre gostei muito de aprender e, perguntava para mim mesma, somente para mim mesma, a origem das coisas (pois tinha vergonha de perguntar as pessoas hihihihiih). Aos 7 anos, ganhei meu computador. Descobri um novo mundo através dele. Nunca me dei muito bem em redes sociais hehehe'. Desde muito pequena, aprendi a levantar depois das armadilhas da vida. Eu nunca me perdi tanto. Acho que depois da separação dos meus pais, eu amadureci bastante, pois eu a partir daquele instante, a partir daquela conversa na sala de estar, minha doçura inocente e tímida estaria sendo finalizada com uma lágrima.
Não sei, realmente, não sei se aquela lágrima foi se dor, alegria, revolta, eu era tão inocente a ponto de fantasiar a volta dos meus pais. Dali em diante, eu não era mais uma menina com tranças e vestido de chita com suas fantasias anormais, eu era uma grande pequena menina, se virando para enfrentar sua própria mente cheia de perguntas sem respostas, sendo independente quando preciso e quando não preciso, então, naquela época, aprendi a diferença entre querer, e precisar. Nunca pedi muito, mais nunca pedi tão pouco, depois de alguns meses, me acostumei com a ideia de não mais esperar meu pai depois das 19:00. Eu vi que eu estava me fechando para o mundo, e minhas opiniões eram todas engolidas por indiretas alheias, passei a sorrir, e completar minha personalidade com toques mais leves e alegres, afinal, quando eu nasci fui a alegria da família, por isso, meu nome. Com idas e vindas da minha vida, com tão pouca idade, estou ciente que tenho muito a aprender. Apesar da minha mente própria desde pequena, não esquecia a essência de ser uma criança. A ponto de completar 13 anos, senti o peso de cada ano passando por mim e eu, vivendo com lágrimas e sorrisos, um atrás do outro, e, me lembro que até ontem, ainda corria picula com os muleques da rua. E agora, quando perguntam minha idade e eu respondo, dizem:
-Huuum, já está uma mocinha, 13 anos, tá velha... rsrsrs (¬¬').
E depois, de tanta coisa que se passou, pela décima terceira vez na vida, eu penso que agora, a partir de amanhã, quando acordar, vou viver daquele dia em diante. Acho que a época mais ''feliz'' da minha vida, foi quando meus pais se separaram, quando me vi dividida em milhares, e mesmo no centro, como uma criança por fora do assunto, pude me recuperar mesmo com todos os obstáculos. E quando eu conheci o fundo do poço, a única opção que tive, foi subir, e o melhor, com o melhor dos sorrisos.
Feliz 7 de Agosto pra vocês, pra mim, feliz recomeço.
With Love, Mona
With Love, Mona
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